terça-feira, 26 de maio de 2015

Reverbera


Você me questiona. "Isto é pra mim?"

Eu muitas vezes disse que não.
E a verdade é que eu nem sei escrever sobre amor.
A verdade é que eu não sei falar sobre.
Eu sei sentir.
E isso eu fiz.
Ahhh... E como eu fiz
Com todas as terminações nervosas 
todas as sinapses, todas as hematoses, 
cada movimento in ou voluntário
do meu corpo
com ego, com alma
com ânsia, com dor
com pele e respiração


Aí eu me questionei também.
Como é  que pode amar tanto assim ?
Até hoje não obtive resposta
O que sei é que...
Não suporto te perder
Nos perder, perder "nós"
Minha dor lateja

E a sua reverbera em mim

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Em aberto

não recordo de um dia sem choro
sem sentimentos fatigados, mastigados, aos atropelos
não cicatrizo ferida, apenas cravo outra
sou consumida pelos questionamentos
consumo minhas inquietudes
me perco
espero algo que não vem
procuro pelo o que é alheio a minha vontade
a configuração não me agrada
o tédio me distrai
em uns lampejos volto a mim
por simplesmente
não ter opção

sábado, 2 de maio de 2015

29 de Abril

Apesar de todo meu pessimismo com prazos, parcerias e casualidades
mantenho a "inocência" de quem vislumbra perspectivas melhores
mantenho a fé nas causas perdidas
em momentos de fragilidade, de confusão, de confronto
vejo oportunidade de mudança

vejo posturas mais maleáveis
vejo minorias ganhando número
vejo projetos ganhando corpo
vejo causas acima de individualidades

Vejo defesa da condição humana
dos direitos fundamentais,
e dos que vão além deles
(tão necessários quanto)

Então...
Vou optar sempre pela inocência
e pelos inocentes