quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Sentimento Metalinguístico

Uma semana sem escrever...
nem me dei conta

vou fechar a porta
deixar a luz pontual de um abajur
clarear a folha
e vagarosamente, colocar sequencia de letras
entrelaçadas, completando
versos e estrofes e páginas
até o ponto de soltar aquele suspiro

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

FALTA

ausência de gosto, de afagos
de provocar provocação
do doce, de embalos
de evitar perder razão, 
de nem dar opção
de particularidades e rearranjos
de pequenos constrangimentos
da madeira rabiscada
e da ligação, cortada
da pouca dose diária
de me cravar os dentes
da saudade adiada
do meu eu perto do seu


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sobre a vida

Sabe quando você é criança
e vê uma avenida compridaaa...
aquele arranha-céu enormeee...
ou mesmo aquele terreno
em frente a casa da sua vó
repleto de laranjeiras
e quando se dá conta
a avenida é uma ruela
o arranha-céu é um predinho 
...de três andares
e no lugar das laranjeiras
há uma mercearia

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Quase musicado

depois do burburinho
de toda a inquietação
to falando baixinho
pelo sim, pelo não
antes de entender
depois de me afetar
vo pisando com calma
pro coração não parar

é essa mania de achar o porque
que me deixa confusa
só faz entristecer
e aí... pra me alegrar
eu ponho o meu sambinha
até o pranto secar

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

"Só porque, é triste o fim"

Nem todos os sentimentos são nobres
Não me engrandece o espírito lhe falar...
Ver ela feliz não me deixa triste
nem tampouco, feliz
faz lembrar que a garota com cara de poucos amigos, que...
não se abre
questiona
faz birra
bate o pé
pode ser feliz, afinal
em Curitiba
sem mim
por atitude dela
e escolha minha

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Por dentro

Se eu fosse comparar, compararia com meditação
Não, não pela calmaria ou falta de ação
Mas pelo seu objetivo maior...calar a mente
E no meu caso, cessar também, a fala
ABSORTO! é o que você fica
É apresentado a alguns, poucos, muitos minutos
da eternidade.
Do que a ciência reconheceria
como...inexistência de matéria
E de súbito, acaba!

A única sensação permanente
de que o outro lhe pertencia...
revela-se falsa, ilusória